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A Revolução Silenciosa: A Inteligência Artificial na Hospitalidade

A hospitalidade está a mudar - e nem sempre damos por isso Nos bastidores de muitos hotéis, restaurantes e plataformas de turismo, a inteligência artificial (IA) está a transformar a forma como acolhemos, servimos e surpreendemos os clientes. Chatbots, motores de personalização, algoritmos preditivos… tudo isto está a tornar-se cada vez mais comum — e a expectativa dos clientes acompanha essa evolução. Mas o que significa realmente esta transformação? E como pode a IA melhorar (ou complicar) a experiência na hospitalidade?

Tiago Pinto

9/4/20253 min read

A hospitalidade está a mudar — e nem sempre damos por isso

Nos bastidores de muitos hotéis, restaurantes e plataformas de turismo, a inteligência artificial (IA) está a transformar a forma como acolhemos, servimos e surpreendemos os clientes. Chatbots, motores de personalização, algoritmos preditivos… tudo isto está a tornar-se cada vez mais comum - e a expectativa dos clientes acompanha essa evolução.

Mas o que significa realmente esta transformação? E como pode a IA melhorar (ou complicar) a experiência na hospitalidade?

Chatbots: muito além do atendimento automático

Se há uns anos os chatbots eram sinónimo de respostas automáticas e impessoais, hoje são ferramentas sofisticadas, capazes de compreender linguagem natural, aprender com as interações e resolver problemas em tempo real.

Hotéis e restaurantes utilizam-nos para:

  • Responder a perguntas frequentes (check-in, horários, serviços);

  • Confirmar reservas ou alterações;

  • Sugerir serviços personalizados com base em preferências anteriores;

  • Reduzir a carga de trabalho das equipas, libertando tempo para tarefas mais humanas.

Exemplo real:
Plataformas como o HiJiffy e o Asksuite já são amplamente utilizadas por hotéis em Portugal, automatizando até 80% das interações com hóspedes antes da estadia.

A personalização de experiências em escala

A IA está a tornar possível algo que antes parecia utópico: oferecer uma experiência hiperpersonalizada a milhares de clientes ao mesmo tempo.

Como? Através da análise de dados.
Comportamentos de navegação, histórico de compras, preferências alimentares, idioma, duração média de estadias… tudo pode ser analisado para oferecer:

  • Recomendações personalizadas de quartos, pratos, atividades ou destinos;

  • Mensagens de boas-vindas com o nome do cliente e sugestões relevantes;

  • Ofertas adaptadas ao perfil e ao momento certo da jornada.

Resultado?
O cliente sente-se visto, compreendido e valorizado - mesmo antes de interagir com alguém da equipa.

Riscos e desafios: será que perdemos a alma do serviço?

Com toda esta automatização, surge uma preocupação legítima: Estaremos a sacrificar a empatia em nome da eficiência?

A IA não substitui o toque humano, e não deve fazê-lo.
Pelo contrário, deve complementar o trabalho das equipas, ajudando-as a focarem-se onde são insubstituíveis: na escuta ativa, na resolução criativa de problemas, na criação de momentos memoráveis.

O desafio está no equilíbrio:

  • Automatizar o que pode ser automatizado;

  • Humanizar tudo o resto.

E em Portugal?

Embora ainda esteja em fase de adoção gradual, a IA já marca presença na hotelaria e restauração portuguesa. Muitos hotéis já usam motores de recomendação, plataformas de CRM com IA, e ferramentas de automatização de comunicação com hóspedes.

No entanto, ainda existe resistência cultural e limitações técnicas - principalmente em pequenas e médias unidades que temem perder o “toque pessoal”.

A verdade é que, usada com estratégia e sensibilidade, a IA não afasta, aproxima.

Conclusão: o futuro da hospitalidade é híbrido

A excelência na hospitalidade do futuro não será feita apenas de sorrisos - será feita também de dados, tecnologia e inteligência emocional.
A IA não vem substituir ninguém. Vem dar às equipas mais tempo para o que importa: cuidar das pessoas.

A pergunta não é se devemos adotar a inteligência artificial.

A pergunta é: como vamos usá-la para servir melhor?

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